Certamente que para exercer a advocacia, passar na ordem é um requisito necessário, mas estamos falando em talento na profissão.
O que temos visto nos últimos tempos é que a profissão de advogado tornou-se um verdadeiro (step) para muitos recém formados que tinham como meta o concurso público e que agora vêem a dura realidade batendo na porta, e precisando pagar as contas, precisa advogar para ganhar dinheiro.
Agora vem a resposta para o tema em pauta. Certamente o exame de ordem leva o direito ao exercício da profissão, porém quanto ao fato de se tornar um verdadeiro profissional por escolha já não é bem o que temos visto.
No meu ponto de visto acho o exame necessário, porém não da forma que a OAB usa o critério mais para eliminar do que verdadeiramente para avaliar e classificar.
Se analisarmos melhor, já se encontra o objeto principal do exame (máquina de fazer dinheiro). Sim, posto que a avaliação não é para saber se o candidato sabe fazer uma peça, mas se vai cair nas pegadinhas da banca. Isso vale ressaltar que não estamos falando de concurso que precisa criar filtros para eliminação mas sim de uma avaliação para criar profissionais.
O que a OAB tem feito é uma brincadeira de muito aborrecimentos para os candidatos, tendo em vista que nem os erros que a própria banca comete tem sido admitido. Vejo que dois pontos deveriam ser mudados.
I – A banca deveria indicar o nome da peça para avaliar melhor candidato. Já que a prova serve para avaliar se o candidato sabe na prática fazer uma peça. Mas você deve estar se perguntando, mais o candidato não deveria saber a peça adequada diante de um caso?
Não. Pois na prática o advogado precisa saber além da paça, ou seja, saber fundamentar com qualidade o pedido e o atual modelo de prova não avalia este ponto, mas sim se o canditado vai errar ou acertar uma mera peça para ser eliando no exame. Ou seja, a prática de verdade não está sendo cobrada.
Partindo deste ponto fica claro que os critérios adotados pela OAB na aplicação da prova não está medindo a avaliação, mas sim a eliminação.
II – Segundo ponto. a primeira fase deveria seguir a mesma linha da segunda fase, com questões da materia da área de escolha. Hoje o maior problema da advocacia são os generaistas que erram por tentar atuar em todas as áreas e ao faltar conhecimento, prejudica o cliente. E mais uma vez a OAB falaha neste quesito, já que não mostra preocupada em aprovar advogados com conhecimento jurídico para atuar.
Neste sentido se coloca em pauta a verdadeira finalidade da prova no exame de ordem. Esta deve ser para avaliar e não para eliminar. a avaliação do canditado não pode ser de forma genérica e sim espeficica e com muito critério para lidar com o problema alheio que irá enfrentar no decorrer de sua atuação.
Com isso, o que se tem visto na prática são bacharéis em Direito peticionando e os donos do escritórios só assinando as peças quando na verdade não são eles que atuam diretamente na advocacia. Um verdadeiro mercado de escravos que a OAB tem fechado os olhos para não ver a realidade. Porque a fanalidade da prova tem sido desvirtuada.
Não julgo correto pedir o fim do exame de ordem, mas acredito que precisa ser reavaliado os critérios que a OAB tem aplicado. Principalmente no quesito de colocar a escolha do canditado qual área ele quer fazer o exame e obrigar o mesmo a seguir a mesma área de escolha, filtraria muito mais a profissão de advogados, já que hoje os generalistas desvalorizam a classe.